terça-feira, 15 de março de 2011

O Discurso

http://pt.wikipedia.org/wiki/The_King%27s_Speech
http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-51/anais-da-administracao-municipal/a-oratoria-do-poder

O que somos para os outros? Especialistas dizem que 70% ou 80% da nossa linguagem é não verbal, que dizemos muito mais que a língua e os seus códigos fonéticos podem alcançar. O que nos resta? A conformidade de expor o que realmente somos com 20% ou 30% da fala. Isso quando pensamos em um discurso. A ordem das palavras... expressões... frases e idéias em cadeia... Tudo isso vira um texto... um discurso....Muitas vezes funciona... outra vezes não... outras só OK.... Existem especialistas... gente que trabalha só com isso. Mas, no fim, para mim, enfim, um discurso vira um só um discurso. Uma idéia emoldurada num parnasianismo sem fim... indecifrável. O que preferimos? Uma conversa de bar sobre uma história ou uma historia de bar sobre conversa? O discurso imprime muito mais respeito, muito mais autoridade, ideal para um rei. Para mim, um simples plebeu, os discursos me cansam. Justamente por ser muito pensado. Parece que falta verdade. Cadê os defeitos? Cadê a cumplicidade com o ser humano, aqui do seu lado? O seu ouvinte. Cada vez mais, eu ojerizo-me contra as falas repetidas, discursos reciclados de idéias geniais, que foram repetidas, que são vendidas como supra-sumo da originalidade. A última novidade do mercado.
O discurso do rei é um discurso perfeito. Bem articulado, bem montado, muito bem fotografado. Os atores estão ótimos. Mas não interage comigo. Mas nenhum problema quanto ao filme. Como eu disse, ele beira a perfeição, difícil achar um defeito. Mas, vai ver o problema não é o filme. É o discurso. Que cabe ao filme... mas no momento não cabe a mim.

sábado, 12 de março de 2011

Quando Harry encontra Sally

http://www.adorocinema.com/filmes/harry-e-sally/
http://www.youtube.com/watch?v=2pN8OccsbPA


Quando se encontea alguém....Quem é? O que é essa pessoa? O que ela representa na sua vida? Quantas pessoas vc já encontrou no elevador? Quantas pessoas vc já cruzou na rua? Quantas vc sentou pra almoçar.... Quantas vc já dançou... Quantas vc já conversou... quem já trabalhou com vc... estudou.... Quantas pessoas vc já saiu junto? Quantas foram seus amigos.... ou colegas.... Com quem vc já riu... ou chorou....Quem já foi o mais importante da sua vida.... Quem vc já namorou... Com quem vc viveu... Assim como Harry e Sally, a gente vive se cruzando... encontrando gente... Uns passam.... Outras ficam.... Uns vc quer perto... esses te querem longe... os que vc quer longe... te quer perto... Um dia ... vc... quer perto... outro dia... longe... E quando vc encontra alguém... e o medo dessa ficar longe.... e pra ficar perto..... o que fazer... o que fazer... pq perto.... e noutro momento... longe....Sei lá... encontras e vindas.... desencontros e voltas... Assim como a vida... gente se conhecendo e se despedindo, assim como Harry e Sally....Será que alguém é pra sempre....e pq manter perto... ninguém sabe... só encontros e desencontros.... Harry e Sally... mas nem sempre feliz como um final de comédia romântica

sexta-feira, 11 de março de 2011

A SUPREMA FELICIDADE

Como é bom assistir e ficar falando besteira. Fazer comentários durante o filme. Liberar todo o lado bobo possível. Afinal não existe julgamento, nem pose para ser um bom profissional, filho, cidadão. Enfim, assim como o filme do Arnaldo Jabor, A Suprema Felicidade, tal momento vai virar memória, vai virar um instantinho da vida que eu sorri. Assim como o Jabor, todos deveriam ter o direito de fazer um filme de memórias, principalmente da infância, adolescência. O passado por si só já é maravilhoso. O pesar do dia-a-dia, a rotina, tudo é filtrado para sobrar o que fica. O que sobrou na memória é supra sumo de vida, ou será suprema felicidade? Será? Assim como um filme antigo europeu, o Rio de Jabor é apaixonante, fantástico.... Afinal qualquer cidade de nossa infância será fantástica, nas nossas lembranças. O filme parece nada histórico, mas enfim que infância tem a ver com a realidade. O que importa é a beleza. A beleza do avô boêmio (Marco Nanini), das mulheres, da descoberta do mundo e de si mesmo. A descoberta de como é bom rir e falar besteira assistindo a um filme.