quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O Vencedor. Rock Balboa dos caipiras.

Mitos... Motivações... Ou será Filosofia barata. O que nos motiva? Desde Odisséia que acreditar que o impossível é possível, que o oprimido e fraco consegue vencer qualquer adversidade. Ser campeão... O mito do herói. Bom, quem nunca se empolgou com “Eye of the Tiger”.
Bom o “Vencedor” tem tudo isso e um pouco mais. Esse pouco mais já vem com a frase “baseado em fatos reais”. Ver uma estória de um cara fudido e deixado de lado. Um cara mediócre no sentido de estar dentro da média, de servir de escada para os outros. Isso tudo é empolgante, e desde que se estuda maneiras de contar uma estória, se sabe do poder de um herói. Mas o mais marcante do filme, é o "que" de realidade, essa linguagem documental funciona muito bem, com atores ótimos, funciona melhor ainda. Christian Bale é impressionante. Dá a impressão que pode virar qualquer pessoa. Não duvido se precisasse, Christian seria igualzinho a minha pessoa, precisaria inclusive fazer RPG. Bom quem diria que um pessoal lá do meio do mato poderia ser melhor que Rock Balboa, mas é, melhor que os melhores. Rock 1. Vamos ver se consegue algumas estatuetas.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Cisne Negro.. Cinema e muita fome

Cisne Negro encerra-se com Nina (Natalie Portman) dizendo: "It's perfect". Bom, é difícil não chegar a essa conclusão após os 108 minutos de exibição. Não sei se era a fome, ou se era a insônia, ou uma mistura dos dois. Mas o filme é uma provocação daquelas que apertam o estômago. Quando eu penso em cinema, tenho por preferência, uma mistura de música e belos planos. Não que os diálogos não sejam importantes. Mas se um cineasta consegue fazer um filme sem diálogo. Vixe, já é um filme. Darren Aronofsky já nos deu uma amostra do que uma música bem casada com a imagem é capaz em Requiem para um sonho. Como esquecer aqueles violinos. Imagens fortes, atuação viceral, e um caráter quase documental de registrar a trama já garantem um belo filme. Como visto no filme antecessor "O Lutador". Bom tudo isso nos faz crer que esse filme é mais verdade. Que aquelas personagens. Que estão perdidos por Nova York. Aí vem a surpresa. Misturar esse tom de realidade com um drama psicológico que é jogado na tela de maneira alegórica, surpreendente e digna dos melhores thrillers de terror. Bom aí o filme extrapola, e surpreende mesmo, fazendo todos chegarem no final com aquela cara de "NOOSSSA". Bom chegando ao fim do filme, é difícil não acreditar que a fala de Nina não seja verdade: "It´s perfect". Ah, se Natalie Portman não ganhar o Oscar. Eu mato pessoalmente aqueles velhinhos yankees